Inspirado por uma rodada dupla, essa semana, gostaria de falar do grande centro de aglomeração de pessoas no aprazível campus da UFRJ da Praia Vermelha: o Sujinho.
Tal lugar é, segundo Arnaldo Bloch, um baluarte que se perpetua por gerações de alunos que freqüentam o campus. Lá se vê gente de todos os cantos, alunos, (mais raramente) professores e agregados sempre animadamente conversando, falando bobagem (como sempre), filosofando sobre a singularidade do vasto, infinito e expansível universo que nos cerca, tentando descobrir formas mágicas de se ganhar milhões fazendo absolutamente nada e fundamentalmente: bebendo.
Mas não pense você, caro leitor, que o Sujinho é meramente um "cervejódromo" a céu aberto. Não se enganem! Muitas idéias brilhantes já surgiram por lá (não me perguntem quais), muitas amizades nasceram e se consolidaram por lá, assim como muitos romances (comentário igual ao das idéias). Ou seja: por séculos, desde que monges vindos da Croácia trouxeram, em barris de madeira em seus botes a remo à Urca, a cerveja, o Sujinho tem sido o ponto preferido de muitos para conversar, matar aula, ambos e, fundamentalmente: beber umas.
Não podemos esquecer, também, da injustiçada porção de batatas-fritas. Sempre servida em porções generosas (mas nunca o bastante para o apetite voraz dos amigos ecoínos) e salgada a gosto (algumas pessoas brigam com o saquinho de sal mas isso é assunto pra outro dia).
Nesses últimos dois dias percebi melhor o valor social de lá. Não social no sentido "Coutinhístico" mas no sentido de socialização. Mesas formadas no 1o periodo, em vários 1os períodos, se repetem. Sempre as mesmas pessoas estão lá rindo e bebendo, sempre que algum professor resolve não dar as caras ou simplesmente por conta daquela aula miserável a qual ir ou não faz diferença alguma.
Em meus tempos de Fundão, conheci o famoso "Mangue", que também possui um certo valor social, mas dada a sua distância de qualquer ponto civilizado do vastíssimo campus (ignoro totalmente e existência do CETEM antes que venham me corrigir) e o fato de estar em uma praia na "aprazível" baía de Guanabara desmotivaram a ida de muitos. Além disso, a natureza do Fundão de ser um ambiente com centros "voltados pra si mesmos" desmotiva totalmente uma integração maior entre aqueles que freqüentam a ilha.
Desconheço outro lugar, na UFRJ, onde se possa encontrar um grupo tão heterogêneo de pessoas num lugar só. E essa sim é a maior graça do Sujinho (além da Original porque ninguém é de ferro).
September 06, 2007
Encruzilhada da Praia Vermelha
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7 comments:
eu torço para que mais pessoas se integrem a nossa mesa nas próximas vezes... sempre falta alguém/alguéns. e 3 urras para o sujinho!
uhuuuuuuullllll!!!!!! Sujinho é o q há!!!!! \o/\o/
reforço o comentário do Pedro pra q mais pessoas se juntem a nós!
Que tal vcs distribuirem uns panfletinhos??
E uma ode ao sujinho!
Apesar de não beber, vou lá por causa da companhia dessas pessoas heterogêneas tão parecidas comigo!
Como já foi dito antes, espero que não haja mais "furões" nesses encontros.
o Sujinho deveria ser tombado como patrimônio histórico e cultural do mundo. É algo de deve ser preservado para as próximas gerações.
Tb torço para q mais pessoas unam-se a nós no sujinho.
Hahahahhahahahaha, o ode ao sujinho foi ótimo!!!
Eu não torço para que mais pessoas se juntem a nós porque eu sou anti-social e não gosto de gente. Estou legal com o que temos, fico estressada só de olhar aquelas mesas enormes da turminha da malhação u.u
E eu não adotaria Sex Pistols como hino do meu reinado porque, assim, eu percebi, graças a minha apuradíssima capacidade de notar detalhes sutis, que eles estão sendo MEIO irônicos quando falam "god save the queen". Assim, só de leve.
;*
Eu queria apenas que o Sujinho tivesse uma batata frita estilo outback, e um maior números de cadeiras utilizáveis.
E beber Original é umas das coisas mais gostosas que faço durante uma pedante semana. Nesse feriado queria estar no sujinho... =/
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