February 25, 2008

Over the hills and far away

Segunda feira de manha. Existe momento maior de ressaca na semana? Duvido. Escrevo após ler o jornal onde pude ler sobre a derrota do Botafogo, e a subsequente e ridícula choradeira do técnico da equipe e do presidente do clube, e sobre a entrega dos Oscares (vulgo homens carecas, dourados e pelados).

Não irei comentar sobre a partida de futebol visto que irei causar feridas profundas (...not!) em minha ampla (...not!) base de leitores, além de provocar comentários inflamados que virão a causar somente uma queda no nível dos comentários sempre pertinentes daqueles que habitam este espaço.

Já sobre os Oscares só alguns comentários: o Javier Bardem parecia que tinha fugido do zoológico, ou que era um primo do elo perdido. Me irritou sobre maneira o apresentador (Jon Stewart) pronunciar de maneira esquisita o nome da Cate Blanchett...quem não sabe o que estou falando que veja no VocêTubo. Falando da atriz australiana, por mais que a Tilda Swinton seja excepcional ainda acho que a atuação dela em "I'm not there" valeria mais a premiação.

Uma constatação positiva: a Björk não apareceu e isso é digno de sorrisos e suspiros de alívio. De resto, é o resto. O canal E! mostrou as futilidades de sempre antes, durante e depois da cerimônia. E sobre a transmissão do evento em si só um comentário final: ainda bem que existe o SAP.

Mas voltando. Este não é um post sobre o Oscar. Deixo isso para as especialistas (vocês sabem quem são), quero falar de ressaca. Antes que perguntem: não enchi a cara ontem. Não bebi após gargalhar com a vitória do Flamengo nem com as pérolas do cartola alvinegro dizendo que o "Botafogo é time de macho".

Estou de ressaca com as memórias de dias não muito distantes, onde estava em casa. Em um lugar em que podia sentir em cada milímetro do meu corpo que eu pertencia àquilo tudo. Saio na rua, olho ao redor e sinto uma total e irrestrita incompatibilidade com o ambiente que me cerca, com o céu sobre minha cabeça, com o vento quente que bate no meu rosto.

Não desprezo o lugar onde estou agora, mesmo porque existem coisas aqui que me ajudam a aliviar essa sensação de incompatibilidade, existem pessoas que tornam isso um pouco mais tolerável. Mas por mais fantástico que as outras pessoas achem que é tudo isso que nos cerca eu acho que está na hora de juntar as coisas se seguir adiante de volta ao lar, de onde não deveria ter saído.

7 comments:

Júlia Faria said...

Já que vc não comemorou, eu comemoro! Uhuuul, Mengo!

Não entendi muito bem o final do post, não! Coisa mais poética essa!

Beijo

Bia Seilhe said...

E olha só ! Um post falando dos principais assuntos do domingo: Mengão e oscar [em segundo lugar e com minúscula diante do nosso time]

O fim que foi meio triste. Já falei pra não ficar assim, afinal tem gente que ainda nem descobriu um lugar que as façam felizes como você já descobriu.

E viva a não presença da coisa mais inútil que a Björk.

;]

Lila Yuki said...

Bom, se você sabe onde quer chegar, já é meio caminho andado. Boa sorte na sua empreitada e que bons ventos soprem na direção certa.

É só fazer a sua parte.

Beijo!

Cesar said...

Just one thing to say about the end of the post: When you go, take me with you!! Tá. Isso soou meio gay. Mas é que concordo com o que falaste neste final. E realmente chega um ponto em que enough is enough and you feel like a stranger amongst your own. Or not REALLY your own... Whatever... You got the point.

Vivian said...

Eu comentarei o jogo. Foi traumatizante, e olha que sou flamenguista.

E o Oscar me deixa entediada. Como todo mundo. Mas eu vejo até o final, sou isone né...

Anonymous said...

Ninguém merece segunda-feira!

E o jogo foi uma maravilha, o Oscar nem tanto, mas assisti mesmo assim!

=**

Luiz Fernando said...

o jogo foi digno de uma batalha épica
o oscar eu não vi direito

e que bom que você pelo menos sabe onde é seu lugar
poucos sabem...