June 29, 2010

Cold and colder

Ultimamente, tenho pensado em um poema do poeta galês Dylan Thomas que diz o seguinte:


Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.

Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.

Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.

Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.

Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.

And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless, me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.

Mas porque? Eu não sei explicar. Talvez a luz esteja morrendo. Talvez esteja brotando uma melancolia pela aproximação das trevas. Vejo ao longe o horizonte que outrora era infinito tornar-se ameaçador. Trovões ecoam no céu e raios estalam à distância.

Lembro-me daqueles dias de sol que, como todo dia cálido de verão, era sujeito a chuvas mas no final a tempestade cedia. Ah noites estreladas e povoadas de sorrisos. Hoje são apenas lembranças, quem sabe até mesmo fantasias.

Eu não sirvo pra ser poeta. Então vou parar com o falso lirismo. Não há lirismo na melancolia, apenas lágrimas...que não existem.

June 01, 2010

The shore

Contrariando o que foi pedido por alguns, eu volto (de novo) a escrever aqui. Novamente, não sei se voltarei a ser frequente mas de qualquer forma já é alguma coisa.

Muito se passou desde que parei de ser frequent-poster aqui. Mas agora volto a escrever pelo mesmo motivo que escrevia antes. Vocês que já liam (ou olharam os posts antigos) sabem do que estou falando.

Não me sinto confortável em ser tão direto quanto era antes mas vou tentar, me utilizando de imagens...quem sabe dá certo.

Sentado no cais no entardecer vejo você partir. Decerto que você não tem mais o mesmo significado que tinha pra mim mas nunca deixará de ser especial. Vejo você se afastar lentamente na imensidão escura enquanto as luzes na costa vão pouco a pouco se acendendo. Mas não para mim. Apesar do colar de pérolas do litoral, estou nas sombras. Não choro por ti, choro pelo que sua partida representa. O quanto queria estar partindo para o outro lado da imensidão. Me sinto amarrado, prisioneiro deste lugar.

Tenho a sensação de que ainda existem assuntos a resolver por aqui, espero que se reolvam logo para que possa voar alto e longe...bem longe. Quero me sentir livre. Quem sabe te encontrarei ou aqui, para irmos juntos, ou lá para comçarmos juntos. Quem é você? Onde é "lá"? Eu não sei. Sei que aprendi muito nesse tempo que estive com você mas chegou a hora de partir. Eu sabia que esse dia iria chegar...e ele veio.

Agora estou à beira do cais. A brisa fresca do mar lava meu rosto enquanto a escuridão vai dominando o mar. Não a vejo mais, tudo está escuro. O coração aperta. Mas não sinto o choro no rosto.

Olho para o céu onde as primeiras estrelas aparecem. Em breve o céu estará diferente. Em breve será uma outra costa e não estarei só. Estarei com você, quem quer que seja.

May 02, 2010

From the valley of the shadows

Se existia alguém esperando meu pronto retorno certamente ficou fossilizado na cadeira. Não posso dizer que voltei, afinal após checar nos links à direita e concluir que quase todos os blogs que surgiram junto com este estão mortos ou em vias de, questiono sobre a real necessidade de voltar com este.


O que eu podia esperar, também? Foi mais de um ano sem novos posts de minha parte. É claro que minha liderança seria sentida e que meus adoráveis colegas iriam fenecer a impiedosa ausência de minha pessoa. Ok, ok, exagerei... Enfim, escrevo aqui uma mensagem pra quem algum dia chegou a ler esse negócio, ou que caiu aqui pelas águas turbulentas do Google e resolveu ler os posts antigos e se indagou: onde está o autor de tamanha preciosidade literária? Ok...exagerei de novo, perdoem minha petulância.

Bom, é isso. Hoje quebro o gelo depois de muito tempo pra dizer que ainda não quebrei o gelo....bacana né?